
Outrora, não se podia fugir à regra, tínhamos que seguir tudo o que nos era ordenado, ou seja, não havia hipótese de tomar outras escolhas, de seguir um caminho que fosse diferente de todos os outros. Felizmente, tudo mudou. Como tal, José Régio ao criar esta obra, Cântico negro, fala da liberdade que homens e mulheres puderam saborear após 25 de Abril.
Neste poema a liberdade expressa-se na personagem que contraria todos os chamamentos e que segue apenas e unicamente o que lhe apetece. Ele é um ser livre e demonstra-o ao seguir o seu próprio caminho, as suas próprias escolhas.
Não só no sujeito mas também sinteticamente, José Régio explora a liberdade ao criar um poema completamente desordenado. Quadras, quintilhas, sextilhas e dísticas, rimas emparelhadas, cruzadas e interpoladas. Tudo isto é possível observar neste poema.
Com a sua escrita simples este poema vai ao encontro de todos já com o propósito de demonstrar que TODOS têm o direito à LIBERDADE. Pelo menos, liberdade para dizer "não vou por ai".
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